CLUBE DE LEITURA
No âmbito do Clube de Leitura, dinamizado nas aulas de SEP, e tendo em conta o objetivo/eixo «Tempo para ler e pensar», os alunos do 9º ano redigiram comentários escritos a partir de cartoons e de excertos do livro O rapaz ao fundo da sala, de Onjali Q. Raúf.
Para além do prazer da leitura, foi trabalhado o aperfeiçoamento da técnica de comentário, assim como o espírito crítico com exploração das diferentes temáticas do livro.
«A mãe(…) Diz que os melhores livros são aqueles que deixam em nós mais perguntas do que respostas e que essa parte é a melhor de todas: irmos nós próprios à procura de respostas noutro lado. (…)» p.51
In O rapaz ao fundo da sala, Onjali Q. Raúf, Booksmile
A leitura é fundamental para o nosso desenvolvimento. No cartoon, podemos observar um regador a regar as plantas, mas este adquire o formato de livro, e, por sua vez, as plantas o formato de cérebros, tudo em tons entre azul e verde.
Penso que este cartoon está relacionado com o quão ler é importante e ajuda na evolução do cérebro. Com os livros adquirimos muito conhecimento e criatividade. Considero que a água seja a sabedoria e curiosidades e está a ser derramada sobre os cérebros, ou seja, a enriquecê-los com a leitura.
Além disto, a expressão abaixo está também relacionada com o cartoon, visto que com um só livro podemos interligar o que sentimos com o que estamos a ler e, muitas vezes, ficamos admirados com o facto de se enquadrar tão bem, daí a expressão “nós próprios à procura de repostas noutro lado”. O “outro lado” poderá ser só um dicionário, caso não percebamos alguma palavra, mas também os nossos pensamentos.
Por fim, concluo que ler é fundamental, tanto para procurar saber mais e desenvolver o nosso cérebro, como para procurar respostas para as nossas imensas perguntas.
Maria, 9ºA
Acho que, no cartoon, dá-se a entender que os livros enriquecem o nosso conhecimento. Já na mensagem proferida pela narradora refere que os melhores livros são aqueles que deixam em nós mais perguntas do que respostas e, para podermos esclarecer as perguntas, temos de ir à procura das respostas. Por outo lado, isso relaciona-se com o cartoon no sentido em que, quando lemos livros, ficamos mais inteligentes e curiosos. E por isso, surgem perguntas e vamos à procura de as tirar, como é referido na mensagem citada pela narradora.
Conclui-se que através dos livros ficamos mais inteligentes e sábios, já que também ficamos mais curiosos e com perguntas e que é divertido ir à procura das respostas, e que nos podem levar a outros lugares e podemos ser tão sábios como os outros.
Em suma, é muito importante ler! Vamos despertar as mentes!
Luís Neiva, 9ºA
«Mas preocupava-me o
Brendan Brook Maldoso. É o bully da Turma. (…) passa a maior parte do tempo a
perseguir os que são mais pequenos do que ele pelo recreio. Não é muito
inteligente, e tem ódio a quem seja (…).» p.29
In O rapaz ao fundo da sala,
Onjali Q. Raúf, Booksmile
Na maioria das escolas, existem alunos/as a sofrer de bullying . Mas não só nas escolas. Hoje em dia, existem muitas pessoas maldosas por todo lado.
No cartoon que me foi apresentado, é possível ver um menino triste com uma mochila às costas, provavelmente iria para a escola. Ele está a ver-se ao espelho e a imaginar um monstro em cima dele, monstro esse a que chamamos de “bullying”.
Junto com o cartoon está também um excerto, que refere um menino que fazia bullying na escola contra os que eram mais pequenos do que ele e não gostava de quem era inteligente, apesar de ele não ser muito.
A meu ver, este cartoon e este excerto estão relacionados, pelo facto de, na imagem, o menino aparentar estar com medo de ir para a escola, pois devem exercer bullying sobre ele; e, no excerto, apresenta um rapaz que fazia bullying com os colegas. Também acho que muitas das pessoas que fazem estes atos maldosos pretendem apenas mostrarem-se e sentirem-se superiores aos outros. Às vezes, isto acontece quando os agressores estão a passar por uma fase má, não quer dizer que é o que está a acontecer no
cartoon e no livro de onde foi retirado o excerto, mas pode acontecer.
Depois disto, devemos aprender a tentar falar com o agressor para chamá-lo à razão e fazê-lo ver que o que está a fazer não está de todo correto. Mas também é importante tentar perceber se está tudo bem da parte de quem pratica o ato malvado.
Afinal, não é só a vítima que terá de ser ajudada, mas também o agressor. Quem sabe se não terá sido uma vítima também outrora?
Mariana Ribeiro, 9ºB
Este cartoon representa um dos maiores problemas, um dos piores atos que a sociedade, ou grande parte dela comete: o bullying.
Isso afeta a saúde mental das pessoas, e muitas vezes, prejudica também fisicamente e até pode condicionar o comportamento da vítima em relação às outras pessoas. Muitas vezes, o bullying acontece das duas formas que referi anteriormente.
Posteriormente, quem sofre desses atos perigosos e agressivos ficam mais solitários, tristes e sentem-se incapazes, não se sentem suficientes. A confiança e a autoestima das mesmas ficam muito baixas, quando se olham ao espelho não gostam do que veem, da sua forma física e de tudo em geral.
Mas há pessoas que sofreram bullying e felizmente conseguem superar e ficar bem com elas próprias. Conseguem olhar para trás e sentirem orgulho de terem conseguido superar e de recuperarem a saúde mental e física.
Considero que quem passa por isto tem de ganhar força ou tentar ganhá-la para seguir com a sua vida em frente e não ficar presa ao passado.
Com estas palavras retiradas da obra, o narrador, na minha opinião, quis referir que o “bully” persegue as outras pessoas, não é inteligente e que tem ódio a tudo e a todos.
Por outro lado, temos de conhecer a pessoa, a sua história para ajudá-la a ultrapassar todos esses sentimentos ruins que ela tem dentro de si e fazê-la parar de cometer esses atos de humilhar os outros para se sentir superior. Provavelmente, é uma necessidade do ser humano que faz isso, o “bully” tem uma espécie de capa de mauzão para se esconder e se proteger.
Concluo que tanto a vítima como o “bully” precisam de ajuda, de serem compreendidas e ajudadas por especialistas, amigos e os seus familiares.
Inês Sousa, 9ºB
«- Ouviram falar da
nova criança refugiada que entrou para a escola? (…) vai dar chatices. Só vêm
para cá para ficar com os nossos empregos! (…)» pp.36-37
In O rapaz ao fundo da sala,
Onjali Q. Raúf, Booksmile
Hoje em dia, o tema da guerra e da integração de pessoas estrangeiras nos países que não são os seus países-natal é muito falado.
O cartoon mostra um rapaz de três anos, morto numa praia da Turquia. Ao lado dele, há um pedido de imigração para o Canadá, recusado, mesmo sendo refugiado.A meu ver, interpreto isto como alguém que tentou sair do seu país, em guerra, pedindo residência noutro, o que não foi possível. Assim sendo, penso que tentaram fugir de barco, ou de jangada, e acabou morto.
O que acho realmente lamentável são comentários como o da Sra. Grimsby, uma das personagens do livro O rapaz ao fundo da sala. Estas pessoas, refugiadas saem dos seus países à procura de asilo, de um ligar para viver, e de certeza que não saem do país para " ficar com os nossos empregos! ". Não acho incómodo que nenhuma pessoa de outro país queira fazer algo, ter um papel para ajudar na sociedade, e também querer fazer algum dinheiro.
Na minha opinião sincera, acho horrível fazer-se estes tipos de comentário enquanto há pessoas a morrerem, como se vê no cartoon.
Refugiados não vêm para os nosso país para nos tirar o que quer que seja! Eles vêm para viver!
Com isto, o que quero dizer é que devemos dar a todos uma oportunidade, ou, pelo menos, tentar pormo-nos na situação da pessoa em causa.
O cartoon constitui um alerta, bem como a obra de Onjali Q. Raúf.
Beatriz Seoane, 9ºC
Este cartoon aborda a situação dos refugiados quando tentam fugir da guerra dos seus países.
Na imagem, podemos ver uma praia, com uma criança síria morta na areia. Veste uns calcões azuis, uma camisola vermelha, calça uns sapatos pretos e tem cabelo curto e castanho. Podemos também ver, ao seu lado, uma carta, com um pedido de imigração para que a criança possa fugir da guerra, e por cima podemos observar um símbolo a dizer que o seu pedido de imigração foi recusado.
Conseguimos relacionar o cartoon com o excerto retirado do livro “O rapaz ao fundo da sala” visto que quando os refugiados fogem para outros países têm de ouvir comentários desnecessários, como por exemplo o que foi referido pela Sra. Grimsby. Talvez isso também influencie um pouco os pedidos de imigração serem muitas vezes negados.
Penso que o cartoon nos mostra uma situação horrível que, infelizmente, acontece várias vezes e que precisa de acabar. Na minha opinião, podemos ainda associar metaforicamente a cor da camisola do menino ao sangue não só dele, mas de todas as vidas perdidas por causa da guerra e dos pedidos de imigração e ajuda negados.
Inês Silva, 9º C
Desde há muito tempo, os refugiados são discriminados, ou pela sua nacionalidade, ou pela sua cor, ou pela sua forma de ser ou simplesmente por ser refugiado. Mas será mesmo correto fazê-lo?
Já muitos documentos, livros, imagens mostram-nos a crueldade dos que se acham superiores em relação aos refugiados, traumatizados pelas guerras no seu país.
A meu ver, não é correto, pois é um gesto grotesco matar pessoas inocentes, que procuram uma vida melhor para os seus descendentes. Crianças também morrem, como o caso mais falado, em 2015, de Avlan Kurdi, a criança refugiada, oriunda da Síria, encontrada morta, numa praia turca. O cartoon retrata essa realidade.
Penso que também existem casos em escolas em que os próprios pais tentam afastar os seus filhos dos refugiados, pois acham-nos perigosos e que só lhes vão trazer aborrecimento. Pensam ainda que só lhes querem tirar o trabalho, deixando-os desempregados.
O livro O rapaz ao fundo da sala, de Onjali Q. Raúf, mostra-nos exatamente isso, a ganância dos de cá para com os de fora, o medo e a insegurança em deixar os filhos sozinhos com um refugiado na escola. Também o comentário da Sra. Grimsby, umas das personagens do livro, é ilustrativo desse pensamento.
Por fim, acabo por dizer que mesmo com comentários, por vezes inventados, acerca dos refugiados, devemos pensar que são humanos como nós, vêm para o nosso país para procurar uma vida melhor. Apenas temos de os aceitar como aceitamos os outros.
Matilde Maciel, 9ºC
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